Educação musical: ensino da prática musical bem como seus elementos teórico-práticos em instituções formais(escolas)ou informal(particular) Musicoterapia: É a utilização da música e seus elementos como agente mediador no tratamento de neuro ou psicopatologia, problemas cognitivos ou manetendor da qualidade de vida de pessoas que buscam na musicoterapia saúde emocional sem necessariamente estar com o diagnóstico neuro ou psicopatológico.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
CURSO PRÁTICO DE ARRANJO MUSICAL PARA FORMAÇÃO INSTRUMENTAL DE PEQUENO E MÉDIO PORTE( ( Autor MT. Darcy Chaplin Savedra de Araujo)
RESUMO
O presente projeto propõe um curso de música voltado a prática de criação de arranjo instrumental na modalidade a distância, intitulado CURSO PRÁTICO DE ARRANJO MUSICAL PARA FORMAÇÂO INSTRUMENTAL DE PEQUENO E MÉDIO PORTE, que é um curso destinado às pessoas que têm interesse em desenvolver habilidade na área e que já tenham envolvimento com a prática musical. O projeto aborda os aspectos e temas essenciais à criação de arranjo musical, trabalhando nestes aspectos elementares e fundamentais como análise melódica, instrumentação, noções de orquestração e técnicas de voicings em estrutura de bloco (soli). No presente projeto está exposta toda a estrutura do curso, a começar por sua fundamentação, onde encontra-se os pressupostos teóricos que o alicerçam. Seguindo temos a exposição dos objetivos e da metodologia, com a estrutura do curso, compreendendo praticamente todo o funcionamento do mesmo. Os aspectos financeiros e avaliativos são encontrados nos tópicos finais. O curso habilitará o aluno com condições de criar seus próprios arranjos, sendo um ótimo caminho para quem quer entrar neste complexo assunto que é o estudo do arranjo musical.
Palavras-chave: Arranjo musical; Formação Instrumental; Educação a Distância.
ABSTRACT
The Present Project proposes a music course that is toward to the musical arrangement pratice in a distance learnning modality, white the title ARRANGEMENT PRATICE COURSE FOR SMALL AND MEDIUM ENSEMBLE, that is intended for people that have interested in the knowledge of the topic propose, and have been had some experience with the musical pratice. The Project approach the contents in the musical arrangement creation, working with this elementary and fundamentls aspects like melodic anaysis, intrumentation and principles of orquestration, and voice tecnics (soli). In this project all course structure has been exposed, starting from the fundamentals of the course, where can be found the theoric argumentation. In the sequence we have the objective and methodology, with the course structure, that comprehend all the course funcionally.The cost and avaliation aspcts can be found in the final contents. The course will be able the student condition to create theier oun arrangemnts, became an excelente way for who wants to do a part of this complex topic that is the arrangement learning process.
Key word: Musical Arrangement; Musical Ensemble; Distance Education
1 INTRODUÇÃO
A expressão musical é praticamente universal, embora a música em si não o seja. Isto é, valores musicais variam de cultura para cultura, e a utilização da música tem finalidades diferentes em vários povos e etnias. A educação musical é um agente contribuinte para o desenvolvimento da criatividade humana. Em diversas culturas o aprendizado musical se dá de maneiras diferentes, porém, percebo que em todas elas o ato de aprender e praticar música ocorre mesmo que sob diferentes maneiras didáticas.
Dentro do cenário da educação musical, muitas metodologias foram desenvolvidas sobre os mais diferentes abordagens filosóficas. Destaca-se Kodály, Orff, Jacques-Dalcroze, entre outros. No entanto é importante esclarecer que não necessariamente o domínio e aplicação de algumas das abordagens metodológicas, sob o ponto de vista mecânico garante o aprendizado, uma vez que é necessário, segundo Swanwick (2003), a percepção sonora da música e o que ela faz, no sentido de saber se existe um sentimento que demanda expressividade e um senso de estrutura naquilo que é produzido:
Olhar um eficiente professor de música trabalhando(em vez de um treinador”, ou “instrutor”) é observar esse forte senso de intenção musical relacionado com propósito educacionais: as técnicas são usadas para fins musicais, o conhecimento de fatos informa a compreensão musical. (SWANWICK, Keith., p. 58)
No Brasil, antes da chegada dos portugueses já era conhecido entre os povos indígenas fenômenos de aprendizado musical, onde o conhecimento era adquirido sob base da observação, experimentação, porém, com sistemática diferente da existente na Europa que já possuía uma metodologia de aprendizado musical que acontecia desde a idade média, nos ditos mosteiros.
Com a vinda dos portugueses para o Brasil junto na bagagem, veio um conhecimento acumulado da música que se desenvolvia na Europa, carregando resquícios de 1000 anos de música medieval junto a inovação do renascimento. Segundo Andrade (1944), os jesuítas foram os primeiros professores de música, os que primeiro tentaram não só através da música, mas também em outros aspectos educacionais, introduzir junto aos nossos índios a conduta européia de educação. Com a vinda dos portugueses, escravos negros também aportaram nesta terra. Desta fusão, principalmente a da cultura afro-brasileira com a européia, surge, segundo Sérgio Cabral (2007), a música “sócio-urbana” brasileira - livre de condições rurais - que foi denominada de choro. Mas em termos educacionais, somente no século XX o Brasil enfrentaria uma certa “revolução” em no ensino musical. O estado novo de Getúlio Vargas abre-alas para o compositor Heitor Villa-Lobos que através do Canto-orfeônico permitiu a maior tentativa de democratização dos 40 milhões de brasileiros que havia na época do estado novo. No entanto, foi uma tentativa, que devido a fortes deficiências pedagógicas e razões políticas e princípios nacionalistas contraditórios, não vingou, e ainda hoje o Brasil carece de educação musical. Mas não se pode obscurecer o mérito da educação proposta por Villa-Lobos que até hoje foi a mais forte expressão da educação musical no Brasil
1.1 Arranjo musical
Arranjar uma música é compor a partir de uma construção melódica existente. O arranjo por ser um processo essencialmente criativo precisa soar natural e espontâneo, e segundo Guest (1996), o arranjador mexe em todos os componentes da música proposta, inclusive na métrica e harmonia (rearmonização), antes de acresentar elementes novos. Isso acontece das mais diferentes formas, seja a partir de uma conduta técnica ou não. Há arranjos que são mais intuitivos e acontecem do encontro entre as pessoas que naturalmente em função da interação o criam no momento da interpretação. Outros a partir de técnicas de construção harmônica e contrapontística, desenvolvem verdadeiras composições reformatando uma música já existente.
Na história da música ocidental temos vários exemplos de músicos que dedicaram-se a esta prática, onde podemos citar: Glenn Miller, Henry Mancini, entre outros. No Brasil também temos excelentes músicos que elevaram esta prática a condições artísticas. Cita-se Antonio Carlos Jobim, Hermeto Pascoal e Heitor Villa – Lobos, sendo que este último é mais conhecido como compositor, mas não podemos negar o trabalho de arranjo que ele fez com as cirandas. Também há os arranjadores que além da excelente habilidade como tal, preocuparam-se com a sistematização acadêmica do mesmo podendo se destacar o professor Ian Guest, Carlos Almada e Antonio Adolfo.
1.2 O aprendizado de arranjo musical
O estudo de arranjo está muito ligado com o estudo da composição, pois depende de conteúdos composicionais fundamentais, tais como harmonia contraponto, morfologia e a instrumentação, sem contar o desenvolvimento contínuo que é o estudo da percepção sonoro-musical em toda sua plenitude. Almada (2000) cita que a principal diferença entre arranjo e composição é que o arranjo por estar mais ligado a música popular, estabeleceu algo parecido com uma sistematização, em certas áreas de seu ensino, como a técnica de soli em vocings para sopros, ou a que trata da disposição e da combinação dos instrumentos da base rítmica de acordo com os diferentes estilos musicais, e já outros setores, relacionado por exemplo a escritas para cordas, tornam-se praticamente dependentes dos estudos de instrumentação e orquestração.
Uma das problemáticas mais comuns ao estudante de arranjo são as deficiências dos conteúdos citados acima que deveriam ser elementares na formação acadêmica de um músico ou mesmo de um cidadão, dentro de um sistema educacional que valorizasse a educação musical. Em diversos encontros com músicos, estudantes e professores, percebem-se muitas vezes a vontade de criar arranjos e experimentar o efeito, porém devido a limitação em termos de conteúdo a prática de arranjo fica destinada somente a quem tem as questões técnicas musicais bem definidas. Sabendo-se as deficiências que se encontram comumente nos músicos, pode se estabelecer os seguintes parâmetros cognitivos fundamentais para estudo do arranjo:
Teoria musical: Entende-se por teoria musical o conjunto de códigos que compreende a notação musical tradicional, bem como o conhecimento de intervalos, escalas, transposição de melodias, formação de acordes e princípios de harmonia Instrumentação;
Instrumentação (ver apêndice A) em música é o conhecimento dos instrumentos musicais nos aspectos da afinação, extensão bem como condições da qualidade tímbrica da execução. É uma ferramenta de extrema importância ao arranjador, pois com este ele é capaz de visualizar as condições de execução dos músicos que tocarão o arranjo e o resultado sonoro que almeja;
Orquestração: É o estudo da associação dos diversos naipes orquestrais, com suas possibilidades técnicas e variedades de timbres, na tradução fiel da obra musical. Segundo Korsakov (1964), a arte da orquestração necessita prezar uma bela e bem distribuída textura harmônica em função dos encadeamentos dos acordes;
Análise melódica: Através deste estudo o arranjador pode identificar as tensões melódicas em relação a melodia bem como notas de aproximação e antecipação. Tal prática pode ajudar na hora da realização dos voicings;
Arranjo para instrumentação de base (seção rítimica): compreende o arranjo feito para os instrumento de conjunto formado por piano/teclado, violão/guitarra, contra-baixo, bateria e percussão. Qualquer outro instrumento principalmente instrumentos de sopro de metais e alguns de madeiras bem como de cordas pode fazer parte de uma instrumentação de base, porém a formação acima é a mais comum de observar em conjuntos instrumentais.
Contracanto: é de extrema importância saber e desenvolver a habilidade de escrever um contracanto que, significa escrever uma melodia que atue contrapontisticamente com a melodia principal. Pullig-Lowell (2003) defende a importância deste recurso composicional principalmente em arranjos onde os instrumentos orquestram-se em oitavas ou uníssonos.
Técnicas básicas de voicings para criação de soli: Esta técnica é a técnica mais bem documentada de tudo que estuda-se em arranjo. Em tese pode ser aplicada a qualquer classe de instrumento, mas torna-se mais apropriada aos sopros. A regulamentação desta técnica deu-se, segundo Carlos Almada (2000), a partir da utilização nas orquestras americanas de Jazz onde foi adaptada ao ritmo sincopado à harmonia e à melodia peculiares do estilo , já que em função da consagração da técnica na música do período romântico (século XIX), passou a ser ensinada nas classes de composição. No Curso de Arranjo Musical que englobará mais tempo de estudo devido a praticidade da técnica.
Teoria da escala de acorde: o estudo da escala de acorde permite ao arranjador a possibilidade da utilização de técnicas não mecânicas de arranjos como voicincs quartais.
Escrita de Background: segundo Pullig-Lowell (2003), através deste recurso técnico, onde o arranjador preenche os espaços melódicos quando necessários e conforme o estilo, é possível compor passagens musicais que criem efeitos composicionais que permitam maior controle da forma, fluxo e resultado sonoro musical do arranjo.
Forma e estrutura: é a idéia estrutural do arranjo que planeja-se antes ou no próprio desenvolvimento do arranjo. Compreende ao tamanho estrutural onde engloba-se a introdução, exposição do tema, interlúdios, improvisos etc...
A partir destes parâmetros faz-se importante a criação de um curso de arranjo musical, onde músicos com as mais deficiências em termos de aprendizado musical possam desenvolver e experimentar esta prática, na modalidade a distância, possibilitando assim que as pessoas tenham condições de estudar enquanto trabalham ou realizam outras atividades.
Justificativa
Criar o novo a partir do existente é um dos grandes objetivos de quem trabalha com arranjo musical. Estabelecer uma releitura musical a partir de técnicas composicionais é algo constantemente feito na Música Popular Brasileira ou internacional. Podemos dizer que o arranjador é quem permite a flexibilização entre músicos e produtores, pois ele é quem permitirá ocultamente o progresso de um trabalho, seja de performance musical ou de produção musical. O arranjador , conhecendo o grupo ou o músico/cantor a quem destina o arranjo desenvolve de forma personalizada um arranjo para ser tocado pelo artista.
Muitos são os aspectos que tornam necessário o estudo do arranjo musical e a proposta deste trabalho é trazer de forma prática a complexidade do tema, procurando satisfazer o anseio de muitos músicos em se aperfeiçoar através de uma metodologia de ensino dinâmica, flexível e com inúmeras possibilidades de aprendizado.
Criar um curso de arranjo musical a distância, com base na utilização das tecnologias da comunicação e informação favorece o aprendizado autônomo, gerando flexibilidade no tempo de aprendizado. Um curso de arranjo elaborado para ser ministrado nesta modalidade pode parecer num primeiro instante um tanto complexo e difícil. No entanto, as inúmeras possibilidades oferecidas pelas TIC, que na sociedade atual tem cada vez mais estado presente em diversos setores da sociedade, tornam a execução deste curso mais uma possibilidade de educação musical.
O tema será abordado de maneira prática, onde os alunos (estudantes de música ou músicos com conhecimentos da teoria musical) possam apropriar-se dos conhecimentos técnicos que norteiam a prática do arranjo musical. O curso prático de arranjo tem seu foco para formação instrumental de pequeno e médio porte e para a instrumentação de base, o que não impede a aplicabilidade do mesmo conhecimento a estruturas instrumentais de grande porte. Entendo formação instrumental (ver apêndice B) de pequeno porte, como conjuntos instrumentais formados entre 3 a 6 instrumentos, com ou sem acompanhamento por seção rítimica, e formação instrumental em médio porte, as compostas por 2 naipes de instrumentos, com ou sem a seção rítimica.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Oferecer o curso prático de criação de arranjo musical na modalidade a distância.
2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos de curso são:
Estabelecer parcerias com uma instituição de ensino para a oferta do curso.
Produzir e adequar material didático do curso aos alunos.
Disponibilizar um suporte técnico e pedagógico para o desenvolvimento e acompanhamento do curso.
Elaborar e adequar a documentação para a oferta do curso na modalidade a Distância.
Adequações dos materiais didáticos conforme as mídias a serem utilizadas.
Definir e agendar os locais para os encontros presenciais.
Divulgar os prazos para inscrição e realizar matrícula no curso.
3 METODOLOGIA
A abordagem pedagógica será a mediação por tutoria onde os conteúdos serão abordados de forma que ocorra um processo de interatividade entre alunos, conhecimento, material didático, ambiente virtual e a dinâmica tutorial.
No processo de construção de conhecimento neste curso na modalidade de EAD a mediação deve existir como uma orientação ao aprendizado, permitindo a autonomia de estudo. Para garantir que os conteúdos sejam administrados de forma que a dinâmica interativa aconteça por meio de mediação, é preciso que os alunos sejam visualizados como sujeitos do processo de ensino aprendizagem (Feuerstein,1983).
3.1 – Publico Alvo
Músicos e estudantes de música que tenham interesse em desenvolver e ampliar conhecimentos na prática de arranjo para grupos musicais de pequena e média formação.
3.2 Pré-requisito e número de vaga
O curso prático de arranjo disponibilizará 20 a 30 vagas, sendo que o pré-requisito essencial compreenderá o conhecimento prévio dos conteúdos de informática e musical.
Os conteúdos de informática necessário ao aluno do curso são o domínio da navegação em web e conhecimento sobre a utilização do scanner ou conhecimento do processador de música Encore, bem como sistema operacional Windows. O aluno terá a opção de enviar os trabalhos scanneados, caso as atividades sejam realizadas de forma manuscrita, ou por meio de editoração musical eletrônica (processador de partitura), no caso de uso de arquivos de áudio e partitura – midi - que utilizem a extensão do programa Encore, preferencialmente. É importante lembrar que será necessário que os alunos viabilizem a reprodução de arquivos mp3, pois os exemplos fornecidos em cd de áudio, serão gravados utilizando softwares emuladores de sintetizadores e samples (VST instruments ), convertido para arquivos de áudio no formato mp3 (mpeg 1 layer 3). É importante que os alunos tenham condições de escutar arquivos MP3, WMA e WAVE(.Wav).
Para os interessados no curso de arranjo é fundamental ter um sólido conhecimento em teoria musical e percepção. Os conteúdos teóricos necessários para que o aluno freqüente o curso são:
• Notação musical
• Intervalos
• Escalas maiores menores
• Tons vizinhos
• Transposição
• Princípios de harmonia
Além dos conteúdos acima citados é importante que o aluno toque algum instrumento musical ou cante.
A idade mínima para freqüentar o curso será de 18 anos.
3.3 Duração do curso
A duração do curso de arranjo terá duração de 24 semanas divididas em 5 módulos com uma carga horária total de 176 horas. Quatro módulos serão desenvolvidos em 4 semanas cada, e 1 módulo será desenvolvido em 7 semanas e 5 dias. Embora a maior parte do curso seja a distância haverá 2 encontros presenciais que acontecerão na abertura do curso, para orientações gerais sobre o mesmo e outro no encerramento, em nível de confraternização musical. O total de horas de curso compreenderá 176 horas, divididas em 166 horas a distância e 10 horas presenciais.
O tempo determinado de cada h/a será de 60 minutos
Estrutura do curso
Compreende a estrutura do curso os aspectos relacionados ao funcionamento tutorial, AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, bem como condições e estrutura física, uma vez que o curso terá dois encontros presenciais. O curso será elaborado e executado pelo tutor, um designer instrucional contratado pela mantenedora do curso produzirá e desenvolverá o AVA, com as características necessária para o curso. O AVA (ambiente virtual de aprendizagem) escolhido é o Moodle, que é um software livre, necessitando apenas de um profissional para ser o administrador (pessoa responsável por instalar, dar suporte e customizar os cursos).
3.4.1 AVA - Ambiente virtual de Aprendizagem.
O ambiente virtual de aprendizagem será o Moodle, escolhido por ser um software aberto e também por possuir condições de fácil aprendizagem quanto a sua utilização e por ser via web, o que facilitará as ações de orientação dos conteúdos transmitidos pela tutoria.
A tutoria poderá também utilizar-se do e-mail para comunicação com os alunos, no entanto acredita-se suficiente as ferramentas fornecidas pelo Moodle para aprendizagem e tutoria. Através do moodle será possível criar e gerenciar chats, fóruns de discussões, disponibilizar conteúdos adicionais ao material fornecido previamente, bem como realizar acompanhamento individual/coletivo ao grupo(Dougiamas, 2008).
A tutoria tem flexibilidade para abordar os conteúdos da forma que o tutor achar conveniente. No entanto, mesmo que muitas vezes as abordagens teóricas/mecânicas exigiram dinâmicas tanto expositivas, cabe ao tutor favorecer autonomia de aprendizado nos conteúdos selecionados.
3.4.1.1 Principais ferramentas do Moodle
O ambiente virtual de aprendizagem Moodle conterá ferramentas que podem ser de extrema funcionalidade em sua utilização e possui uma interface de fácil manuseio. Algumas dos principais recursos de acordo com o site www.moodle.org, são listados a seguir:
Fórum – É uma ferramenta assíncrona que permite aos participantes interação e troca de conhecimento bem como seu contato com o tutor.
Chat – Ferramenta que permite a comunicação síncrona, e pode ser usado tanto para contato direto com o tutor, mediante agendamento, e entre os participantes.
Suporte tutorial – É um fórum específico e indefinidamente aberto para contato diretamente com o tutor
Correio – é uma ferramenta de correio eletrônico diretamente no AVA e funciona entre os participantes e tutor, para troca de informação.
Tarefa – é por onde o tutor informa sobre as atividades para entrega.
3.4.2 Condição física para os encontros presenciais
Para os encontros presenciais será ocupado um espaço físico que acomode no mínimo 30 lugares, preferencialmente em cadeiras com mesa, e que tenha condições físicas para abordagens expositivas no encontro. Os materiais a serem usados nas aulas presenciais são: um computador, data show, quadro branco e aparelho reprodutor de cd.
3.4.3 Estrutura curricular
Num curso que vise desenvolver habilidade em arranjo musical é importante definir ações que permitirão ao aluno instrumentalizar-se neste universo. Tais ações compreendem as condições que permitirão o estudo de conteúdos que abarquem conhecimentos frutíferos à prática de arranjo
Para garantir os resultados almejados é importante visualizar as metas específicas do curso:
• Revisar a teoria musical, de forma a destacar os conteúdos de maior relevância para o desenvolvimento do curso;
• Conhecer os aspectos teóricos de execução e extensão dos instrumentos musicais para propiciar escrita correta para os mesmos;
• Estudar análise melódica para identificar notas de acordes (conforme cifragem), notas de tensão, notas de aproximação da escala diatônica e notas de aproximação cromática;
• Treinar a criação de contracanto, bem como sua escrita;
• Desenvolver habilidades nas técnicas mecânicas e não mecânicas (voicings em quartas, clusters e voicings com tríades em estruturas superiores) para harmonização em bloco;
• Planejar e criar um arranjo colaborativo através do trabalho coletivo.
A estrutura curricular do curso será dividida em 5 módulos, onde os alunos terão diversas atividades com objetivos de desenvolver a prática de arranjo. Tais atividades serão disponibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem e serão desenvolvidas a partir de fóruns, chats ou tarefas.
As atividades programadas serão enviadas pelo AVA, diretamente ao tutor. Fóruns de discussão também acontecerão alguns de forma permanente, de caráter mais social e temático, quando voltados ao conteúdo programático.
Abaixo seguem os conteúdos divididos em módulos.
Módulo 1 – Revisão dos conteúdos de Teoria Musical
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
1ª semana
Ambientação com a utilização do AVA – Moodle
Expectativas do curso
2ª e 3ª semana
Revisão da teoria musical abrangendo os conteúdos elementares da notação musical, intervalos, escalas maiores e menores, tons vizinhos e acordes
4ª semana
Estudo da Análise melódica atribuindo a nota melódica sua classificação quanto nota de acorde, tensão, aproximação melódica ou cromática
Atividade: análise da melodia em relação a harmonia fornecida
Módulo 2 - Instrumentação e Orquestração
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
5ª e 6ª semana
Estudo da instrumentação com foco nos aspectos que visem a extensão, tessitura e relação com a textura tímbrica do instrumento
Atividades: transposição e escrita de melodia dadas para instrumentos;
Audição de exemplos de alguns instrumentos
7ª e 8ª semana
Noções de orquestração: distribuição de melodia para execução de naipes separadamente e análise de orquestração de músicas do repertório erudito ou popular
Atividades: análise de orquestração abordando a instrumentação usada e desenho textural a partir da audição
Orquestração de um fragmento musical para um naipe de sopros ou cordas de uma linha melódica
Módulo 3 – Contracanto e Arranjo de Base
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
9ª e 10ª semana
Criação de contracanto
11ª e 12ª semana
Prática de criação de arranjo de base.
Grafia para partitura de instrumentos de base: piano violão/guitarra, contrabaixo, bateria.
Módulo 4 – Rearmonização e Técnicas em Bloco
Duração 4 semanas
Conteúdo programático:
13ª semana
Rearmonização das notas de aproximação a partir da análise melódica
14ª , 15ª e 16ªsemana
Atividades: rearmonização em bloco de uma melodia cifrada a partir da análise melódica em relação a harmonia dada
Técnicas mecânicas em bloco(soli) a 3 ,4 partes.
Téncias mecânicas em bloco a 5 partes com dobramento de oitava ou substituição por tensão harmônica
Técnicas de “spreads” para aplicação em soli
Voicings quartais a 3 e 4 partes
Atividades: distribuição harmônica para instrumentos utilizando a técnica aprendida de uma melodia harmonicamente cifrada.
Módulo 5 – Elaboração de Arranjo Completo
Duração : 7 semanas e 5 dias
17 e 18ª semana
Planejando e elaborando um arranjo completo
Escrita de Background
19ª à 24 semana
Atividade final: elaborar um arranjo coletivo (em pequenos grupos para instrumentos de acompanhamento de base e instrumentação de sopros).
3.4.4 Cronograma dos módulos com principais eventos e atividades
Para os módulos propriamente dito, que serão divididos em 24 semanas, ocorrerão nos períodos de março a agosto. Há previsão de dois encontros presenciais e estes ocorrerão dentro deste período. A avaliação de desempenho do curso ocorrerá paralelamente.
Licenciado em Musica/Artes,Musicista, Professor, Tutor e Musicoterapeuta Srº Darcy Chaplin Savedra de Araujo
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Cadê o curso?
ResponderExcluirEstou interessado no curso. Como faço para adquiri-lo? Se for possível mande informação para o meu e-mail joel.elias@diariodaamazonia.com.br.
ResponderExcluirestou interessado no curso!!! como faço para adquirir?
ResponderExcluirleandrinhoferreira@me.com
Estou interessado no curso , onde encontro ?
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