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Principais interpretações das questões relativas à natureza da aprendizagem remetem a um passado histórico da filosofia e da psicologia. Diversas correntes de pensamento se desenvolveram, definindo paradigmas educacionais como o empirismo, o inatismo ou nativismo, os associacionistas, os teóricos de campo e os teóricos do processamento da informação ou psicologia cognitiva.
A corrente do empirismo tem como princípio fundamental considerar que o ser humano, ao nascer, é como uma "tábula rasa" e tudo deve aprender, desde as capacidades sensoriais mais elementares aos comportamentos adaptativos mas complexos (Gaonac’h e Golder, 1995). A mente é considerada inerte, e as idéias vão sendo gravadas a partir das percepções. Baseado neste pressuposto, a inteligência é concebida como uma faculdade capaz de armazenar e acumular conhecimento.
O inatismo ou nativismo argumenta que a maioria dos traços característicos de um indivíduo é fixado desde o nascimento e que a hereditariedade permite explicar uma grande parte das diferenças individuais físicas e psicológicas (Gaonac’h e Golder, 1995). As formas de conhecimento estão pré-determinadas no sujeito que aprende.
Para os associacionistas, o principal pressuposto consiste em explicar que o comportamento complexo é a combinação de uma série de condutas simples. Como precursores desta corrente são de pensamento pode-se citar Edward L. Thorndike e B.F. Skinner (Pettenger e Gooding, 1977) e suas respectivas teorias do comportamento reflexo ou estímulo-resposta.
Para Thorndike apud Pettenger e Gooding (1977), o padrão básico da aprendizagem é uma resposta mecanicista às forças externas. Um estímulo provoca uma resposta. Se a resposta é recompensada, é aprendida.
Já para Skinner, a ênfase é dada à questão do controle do comportamento pelos reforços que ocorrem com a resposta ou após a mesma com o propósito de atingir metas específicas ou definir comportamentos manifestos (Pettenger e Gooding,1977).
As grandes escolas da corrente dos Teóricos de Campo, são representadas, na Gestalt pelos alemães Wertheimer, Koffka e Köhler, e na Fenomenologia, por Combs e Snygg (Pettenger e Gooding, 1977). Nestas escolas prevalece a concepção de que as pessoas são capazes de pensar, perceber e de responder a uma dada situação, de acordo com as suas percepções e interpretações desta situação. Diferentemente das primeiras, em que o comportamento é seqüencial, do mais simples ao mais complexo, nesta corrente, o todo ou total é mais que a soma das partes.
Na Gestalt, o paradigma de aprendizagem é a solução de problemas e ocorre do total para as partes. Consiste também na organização dos padrões de percepção.
Segundo Fialho (1998), na Gestalt há duas maneiras de se aprender a resolver problemas: pelo aprendizado conduzido ou pelo aprendizado pelo entendimento. Isto significa que conforme a organização da situação de aprendizagem, dirigida (instrucionista) ou auto-dirigida (ativa), o indivíduo aprende, entretanto, deve-se promover situações de aprendizagem que sejam suficientemente ricas para que o aprendiz possa fazer escolhas e estabelecer relações entre os elementos de uma situação. Escolher entre as quais para ele, aprendiz, conduza a uma estruturação eficaz de suas percepções e significados.
Na Fenomenologia, o todo é compreendido de modo mais detalhado, sem realmente fragmentar as partes. Considera, ainda, entre outras premissas, que a procura de adequação ou auto-atualização do indivíduo é a força que motiva todo o comportamento. A aprendizagem, como processo de diferenciação, move-se do grosseiro para o refinado (Pettenger e Gooding,1977).
Os teóricos do Processamento da Informação ou Psicologia Cognitiva, de origem mais recente, reúnem diversas abordagens. Estes teóricos estudam a mente e a inteligência em termos de representações mentais e processos subjacentes ao comportamento observável. Consideram o conhecimento como sistema de tratamento da informação.
Segundo Misukami (1986), uma abordagem cognitivista implica em estudar cientificamente a aprendizagem como um produto resultante do ambiente, das pessoas ou de fatores externos a ela. Como as pessoas lidam com estímulos ambientais, organizam dados, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos constituem, pois, o centro da investigação.
Em essência, na psicologia cognitiva, as atividades mentais são o motor dos comportamentos.
Opondo-se à concepção behavorista, os teóricos cognitivos preocupam-se em desvendar a "caixa preta" da mente humana. A noção de representação é central nestas pesquisas. A representação é definida como toda e qualquer construção mental efetuada a um dado momento e em um certo contexto.
Portanto, memória, percepção, aprendizagem, resolução de problemas, raciocínio e compreensão, esquemas e arquiteturas mentais são alguns dos principais objetos de investigação da área, cujas aplicações vêm sendo utilizadas na construção de modelos explícitos em formas de programas de computador (softwares), gráficos, arquiteturas ou outras esquematizações do processamento mental, em especial nos sistemas de Inteligência Artificial.
Como afirma Sternberg (1992), os psicólogos do processamento da informação estudam as capacidades intelectuais humanas, analisando a maneira como as pessoas solucionam as difíceis tarefas mentais para construir modelos artificiais onde estes modelos tem por objetivo compreender os processos, estratégias e representações mentais utilizadas pelas pessoas no desempenho destas tarefas.
Complementando esta classificação, Fialho (1998) destaca que os psicólogos cognitivistas procuram compreender a "mente" e sua capacidade (realização) na percepção, na aprendizagem, no pensamento e no uso da linguagem. Assim, a organização do conhecimento, o processamento de informações, a aquisição de conceitos, os estilos de pensamento, os comportamentos relativos à tomada de decisões e resolução de problemas são alguns dos "processos centrais" dos indivíduos dificilmente observáveis e que são investigados.
As Abordagens Cognitivistas Clássicas: O Construtivismo de Piaget, O Sócio-Interacionismo de Vygotsky e Wallon.
Dentre as teorias mais contemporâneas de aprendizagem, em especial as cognitivistas, destacamos a teoria construtivista de Jean Piaget e as teorias sócio-interacionistas de Lev Vygotsky e Henri Wallon devido à pertinência com que suas preocupações epistemológicas, culturais, linguísticas, biológicas e lógico-matemáticas têm sido difundidas e aplicadas para o ambiente educacional, em especial na didática e em alguns dos programas de ensino auxiliado por computador, bem como sua influencia no desenvolvimento de novas pesquisas na área da cognição e educação.
A Abordagem Construtivista de Jean Piaget
As respostas às questões sobre a natureza da aprendizagem de Piaget são dadas à luz de sua epistemologia genética, na qual o conhecimento se constrói pouco a pouco, à medida em que as estruturas mentais e cognitivas se organizam, de acordo com os estágios de desenvolvimento da inteligência.
A inteligência é antes de tudo adaptação. Esta característica se refere ao equilíbrio entre o organismo e o meio ambiente, que resulta de uma interação entre assimilação e acomodação.
A assimilação e a acomodação são, pois, os motores da aprendizagem. A adaptação intelectual ocorre quando há o equilíbrio de ambas.
Segundo discorre Ulbritch (1997), a aquisição do conhecimento cognitivo ocorre sempre que um novo dado é assimilado à estrutura mental existente que, ao fazer esta acomodação modifica-se, permitindo um processo contínuo de renovação interna. Na organização cognitiva, são assimiladas o que as assimilações passadas preparam, para assimilar, sem que haja ruptura entre o novo e o velho.
Pela assimilação, justificam-se as mudanças quantitativas do indivíduo, seu crescimento intelectual mediante a incorporação de elementos do meio a si próprio.
Pela acomodação, as mudanças qualitativas de desenvolvimento modificam os esquemas existentes em função das características da nova situação; juntas justificam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas.
As estruturas de conhecimento, designadas por Piaget (Gaonach’h e Golder, 1995) como esquemas, se complexificam sobre o efeito combinado dos mecanismos de assimilação e acomodação. Ao nascer, o indivíduo ainda não possui estas estruturas, mas reflexos (sucção, por exemplo) e um modo de emprego destes reflexos para elaboração dos esquemas que irão se desenvolver.
A primeira forma de inteligência é uma estrutura sensório motora, que permite a coordenação das informações sensoriais e motoras. Surge aos cerca de 18 meses. Consuma-se e equilibra-se entre os 18 meses e 2 anos.
No estágio das operações concretas, esta estrutura (equilibrada) se acha aperfeiçoada: o que a criança teria adquirido no nível da ação, ela vai aprender a fazer em pensamento. Precede de uma fase de preparação entre 2 e 7 anos e se equilibra entre 7 e 11 anos.
No estágio das operações formais, operam-se novas modificações e deve se equilibrar para poder se aplicar, não mais aos objetos presentes, mas aos objetos ausentes, hipotéticos.
O desenvolvimento das estruturas mentais segue uma lógica de construção semelhante aos estudos da lógica, ou seja, que o desenvolvimento da inteligência em seus sucessivos estágios segue uma lógica coerente, tal que pode ser descrita em suas estruturas.
Segundo levantou Ulbritch (1997), a equilibração, enfatizada no quadro 2.1, é um mecanismo auto-regulador, necessário para garantir uma eficiente integração com o meio. Quando um indivíduo sofre um desequilíbrio, de qualquer natureza, o organismo vai buscar o equilíbrio, assimilando ou acomodando um novo esquema.
A autora relaciona quatro fatores determinantes do desenvolvimento cognitivo:
A equilibração é o primeiro e constitui-se no nível de processamento das reestruturações internas, ao longo da construção seqüencial dos estágios.
O segundo é a maturação, relacionado à complexificação biológica da maturação do sistema nervoso.
Já o terceiro fator é a interação social, relacionado com a imposição do nível operatório das regras, valores e signos da sociedade em que o indivíduo se desenvolve e com as interações que compõem o grupo social.
O quarto é referente à experiência ativa do indivíduo. Sobre este fator Misukami (1986) afirma que podem ocorrer de três formas:
• devido ao exercício, resultando na consolidação e coordenação de reflexos hereditários e exercício de operações intelectuais aplicadas ao objeto;
• devido à experiência física, referente à ação sobre o objeto para descobrir as propriedades que são abstraídas destes, sendo que o resultado da ação está vinculado ao objeto;
• devido à experiência lógico - matemática, resultantes da ação sobre os objetos, de forma a descobrir propriedades que são abstraídas destas pelo sujeito.
Consistem em conhecimentos retirados das ações sobre os objetos, típicas do estágio operatório formal, que é resultado da equilibração. A condição para que seja obtida é a interação do sujeito com o meio.
Piaget não desenvolveu uma teoria da aprendizagem, mas sua teoria epistemológica de como, quando e por que o conhecimento se constrói obteve grande repercussão na área educacional. Predominantemente interacionistas, seus postulados sobre desenvolvimento da autonomia, cooperação, criatividade e atividade centrados no sujeito influenciaram práticas pedagógicas ativas, centradas nas tarefas individuais, na solução de problemas, na valorização do erro e demais orientações pedagógicas.
No plano da informática, o trabalho de Piaget tem contribuído para modelagens computacionais na área de IA em educação, desenvolvimento de linguagens de programação e outras modalidades de ensino auxiliado por computador com orientação construtivista.
Dentre os vários programas existentes, o mais popular é o LOGO, caracterizado como ambiente informático embasado no construtivismo. Neste ambiente o indivíduo constrói, ele próprio, os mecanismos do pensamento e os conhecimentos a partir das interações que tem com seu ambiente psíquico e social.
A ABORDAGEM SÓCIO-CONSTRUTIVA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE LEV VYGOTSKY
Os trabalhos de Vygotsky centram-se principalmente na origem social da inteligência e no estudo dos processos sócio-cognitivos.
Segundo Gilli (1995) e Gaonach’h (1995), Vygotsky distingue duas formas de funcionamento mental: os processos mentais elementares e os superiores.
Os processos mentais elementares correspondem ao estágio de inteligência sensório-motora de Piaget e são resultantes do capital genético da espécie, da maturação biológica e da experiência da criança com seu ambiente físico.
Já as funções psicológicas superiores, ressalta Oliveira (1992), são construídas ao longo da história social do homem. Como? Na sua relação com o mundo, mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos culturalmente, fazendo com que o homem se distinga dos outros animais nas suas formas de agir no e com o mundo.
Fialho (1998) destaca que, para Vygotsky, o desenvolvimento humano compreende um processo dialético, caracterizado pela periodicidade, irregularidade no desenvolvimento das diferentes funções, metamorfose ou transformação qualitativa de uma forma em outra, entrelaçando fatores internos e externos e processos adaptativos.
A maturação biológica e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores dependem, conforme Fialho (1998), do meio social, que é essencialmente semiótico. Aprendizado e desenvolvimento interagem entrelaçados nessa dialética de forma que um acelere ou complete o outro.
Gilli (1995) diz que a relação entre educação, aprendizagem e desenvolvimento vem em primeiro lugar. Já o papel da mediação social nas relações entre o indivíduo e seu ambiente (mediado pelas ferramentas) e nas atividades psíquicas intraindividuais (mediadas pelos signos) em segundo lugar, e, a passagem entre o interpsíquico e o intrapsíquico nas situações de comunicação social ,em terceiro lugar. Estes são os três princípios fundamentais, totalmente interdependentes nos quais Vygotsky sustenta a teoria do desenvolvimento dos processos mentais superiores.
A ABORDAGEM DE HENRI WALLON
A gênese da inteligência para Wallon é genética e organicamente social, ou seja, "o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para se atualizar" (Dantas, 1992). Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na psicogênese da pessoa completa.
Para Galvão (1995), o estudo de Wallon é centrado na criança contextualizada, onde o ritmo no qual se sucedem as etapas do desenvolvimento é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças nas anteriores.
Nesse sentido, a passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente, por ampliação, mas por reformulação, instalando-se no momento da passagem de uma etapa a outra, crises que afetam a conduta da criança.
Conflitos se instalam nesse processo e são de origem exógena quando resultantes dos desencontros entre as ações da criança e o ambiente exterior, estruturado pelos adultos e pela cultura e endógenos e quando gerados pelos efeitos da maturação nervosa (Galvão, 1995). Esses conflitos são propulsores do desenvolvimento.
Os cinco estágios de desenvolvimento do ser humano apresentados por Galvão (1995) sucedem-se em fases com predominância afetiva e cognitiva:
• Impulsivo-emocional, que ocorre no primeiro ano de vida. A predominância da afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, às quais intermediam sua relação com o mundo físico;
• Sensório-motor e projetivo, que vai até os três anos. A aquisição da marcha e da prensão, dão à criança maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração dos espaços. Também, nesse estágio, ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental "projeta-se" em atos motores. Como diz Dantas (1992), para Wallon, o ato mental se desenvolve a partir do ato motor;
• Personalismo, ocorre dos três aos seis anos. Nesse estágio desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas;
• Categorial. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;
• Predominância funcional. Ocorre nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal.
Questões pessoais, morais e existenciais são trazidas à tona.
O referido autor ressalta ainda que na sucessão de estágios há uma alternância entre as formas de atividades e de interesses da criança, denominada de "alternância funcional", onde cada fase predominante (de dominância, afetividade, cognição), incorpora as conquistas realizadas pela outra fase, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de integração e diferenciação.
OUTRAS ABORDAGENS SOBRE APRENDIZAGEM
Outras correntes teóricas buscaram aprofundar e/ou explicar as teorias mais representativas, propondo inclusive novas abordagens para compreensão dos processos de desenvolvimento cognitivo e aprendizagem. Dentre elas destacam-se:
Albert Bandura, que levanta uma abordagem de aprendizagem social e o papel das influências sociais na aprendizagem (Gaonach’h, 1995)
J. S. Bruner e a teoria de que o desenvolvimento cognitivo se dá numa perspectiva de tratamento da informação, que ocorre de três modos: inativo, onde a informação é representada em termos de ações especificadas e habituais (caminhar, andar de bicicleta); o modo icônico, onde a informação é representada em termos de imagens, e, simbólica, onde a informação é apresentada sobre a forma de um esquema arbitrário e abstrato (Gaonach’h, 1995).
Maturana e Varela, que não desenvolveram um estudo sobre a cognição especificamente, mas sua teoria sobre o homem como um sistema autopiético tem influenciado bastante a construção de modelos computadorizados. Os autores entendem que os seres vivos são um tipo particular de máquinas homeostáticas. A idéia de autopoiesis é uma expansão da idéia de homeostase, no sentido em que ela transforma todas as referências da homeostase em internas ao sistema e, afirma ou produz a identidade do sistema. O sistema autopoiético é organizado como uma rede de processos de produção de componentes que se regeneram continuamente, pela sua transformação e interação, a rede que os produziu e que constituem o sistema enquanto uma unidade concreta no espaço onde ele existe, especificando o domínio topológico onde ele se realiza como rede (Ramos, 1995).
Robert M. Gagné, que compartilha dos enfoques behavioristas e cognitivistas em sua teoria. Para ele, as fases da aprendizagem se apresentam associadas aos processos internos que, por sua vez, podem ser influenciados por processos externos. Para Gagné, a aprendizagem é um processo de mudança nas capacidades do indivíduo, no qual se produz estados persistentes e é diferente da maturação ou desenvolvimento orgânico. A aprendizagem se produz usualmente mediante interação do indivíduo com seu meio (físico, social, psicológico) (Galvis,1992). As oito fases que constituem o ato de aprendizagem de Gagné, podem ser vistas na figura 2.1:
Paulo Freire não desenvolveu uma teoria da aprendizagem, mas seus postulados sobre a pedagogia problematizadora e transformadora enfatizam uma visão de mundo e de homem não neutro. Assim. o homem é um ser no mundo e com o mundo. A inspiração de seu trabalho nasce de dois conceitos básicos: a noção de consciência dominada mais dois elementos subjetivos que a compõem e a idéia de que há determinadas estruturas que conformam o modo de pensar e agir das pessoas. Essas estruturas impregnam o comportamento subjetivo à percepção e à consciência que cada indivíduo ou grupo tem dos fenômenos sociais (Fialho, 1998).
Howard Gardner (Gardner, 1994 and Gardner,1995) muito tem contribuído para o processo educacional. Ele defende que o ser humano possui múltiplas inteligências, ou um espectro de competências manifestadas pela inteligência. Todas essas competências estão presentes no indivíduo, sendo `que se manifestam com maior ou menor intensidade, tornando o indivíduo mais ou menos deficiente, mais ou menos competente dentro de uma ou várias dessas competências. Em sua teoria, defende que os indivíduos aprendem de maneiras diferentes e apresentam diferentes configurações e inclinações intelectuais.
Destaca, ainda, veementemente, o papel da educação no desenvolvimento global e aplicação das inteligências. As inteligências múltiplas a que se refere Garder são: a lógico-matemática, a linguística, a espacial, a musical, a corporal- sinestésica, a interpessoal e a intrapessoal.
Na prática escolar convencional, a concretização das condições de aprendizagem que asseguram a realização do trabalho docente, estão pautadas nas teorias determinando as tendências pedagógicas. Estas práticas possuem condicionantes psicosociopolíticos que configuram concepções inteligência e conhecimento, de homem e de sociedade. Com base nesses condicionantes, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, a aprendizagem, a relações professor-aluno, a recursos de ensino e o método pedagógico .... influenciam e orientam a didática utilizada.
Os programas educacionais informatizados, dos diversos tipos, igualmente contém implícito ou explicitamente (ou no uso educacional que se faz deles) os pressupostos teórico metodológicos desses condicionantes).
A Teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, e sim das partes através do todo; que os conjuntos possuem leis próprias e estas regem seus elementos (e não o contrário, como se pensava antes); e que só através da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito
A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, quando age no processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir. O fato de o cérebro agir em concordância com os princípios Gestálticos já poderia ser considerado a evidência fundamental de que a Lei da Pregnância é verdadeira. São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:
SEMELHANÇA: Ou “similaridade”, possivelmente a lei mais óbvia, que define que os objetos similares tendem a se agrupar. A similaridade pode acontecer na cor dos objetos, na textura e na sensação de massa dos elementos. Estas características podem ser exploradas quando desejamos criar relações ou agrupar elementos na composição de uma figura. Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a percepção visual como, por exemplo, o uso de texturas semelhantes em elementos do “fundo” e em elementos do primeiro plano.
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus similares.
BOA CONTINUIDADE: Está relacionada à coincidência de direções, ou alinhamento, das formas dispostas. Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por exemplo, o resultado final “fluirá” mais naturalmente. Isso logicamente facilita a compreensão. Os elementos harmônicos produzem um conjunto harmônico. O conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados.
PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples: uma espada e um escudo podem tornar-se uma reta e um círculo, e um homem pode ser um aglomerado de formas geométricas. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada: desta forma, a parte mais facilmente compreendida em um desenho é a mais regular, que requer menos simplificação.
CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto. Ocorre geralmente quando o desenho do elemento sugere alguma extensão lógica, como um arco de quase 360º sugere um círculo.
EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta última se relaciona com o pensamento pré-Gestáltico, que via nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.
Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte. A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo este esquema, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Uma vez que os dados são adaptados a si, dá-se a acomodação. Para Piaget, o homem é o ser mais adaptável do mundo. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte. Ou seja, tudo o que aprendemos é influenciado por aquilo que já tinhamos aprendido. Tornou-se um dos homens mais dedicados do mundo com o interacionismo de Lev Vygotsky. Piaget somente veio a conhecer as pesquisas de Vygotsky muito depois da morte deste.
Para Vygotsky, o que nos torna humanos é a capacidade de utilizar instrumentos simbólicos - e, ter assim, uma mediação simbólica ao nos expressarmos - para complementar nossa atividade, que tem bases biológicas. Em um pequeno artigo sobre o jogo infantil, diz que as formas tipicamente humanas de pensar surgem, por exemplo, quando uma criança pega um cabo de vassoura e o transforma em um cavalo, ou em um fuzil, ou em uma árvore. Os chimpanzés, por mais inteligentes que sejam, podem no máximo utilizar o cabo de vassoura para derrubar bananas, por exemplo, e jamais para criar uma situação imaginária. Nesse sentido, a presença dos signos tem grande relevância em sua teoria, visto que é através deles que, introspectivamennte, o ser humano se torna apto a resolver problemas psicológicos. Com o processo de internalização, tornamo-nos capazes de transformar marcas externas em processos internos de mediação. O que nos torna humanos, segundo Vygotsky, é nossa capacidade de imaginar.
As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue aprender sozinha e aquilo que consegue aprender com a ajuda de um adulto. A Zona de desenvolvimento proximal é, portanto, tudo o que a criança pode adquirir em termos intelectuais quando lhe é dado o suporte educacional devido. Este conceito será, posteriormente desenvolvido por Jerome Bruner, sendo hoje vulgarmente designado por etapa de desenvolvimento. Outra contribuição vygotskiana de relevo foi a relação que estabelece entre pensamento e linguagem, desenvolvida no seu livro "Pensamento e Linguagem".
O conceito de síntese também pode ser encontrado largamente em sua obra. O autor define a síntese não apenas como a soma ou a justaposição de dois ou mais elementos, e sim como a emergência de um produto totalmente novo gerado a partir da interação entre elementos anteriores.
Bruner
obteve o título de doutor em Psicologia e tem sido chamado o pai da Psicologia Cognitiva, pois desafiou o paradigma do behaviorismo
• A teoria ou método de Bruner pressupõe:
o estruturação das matérias de ensino
o seqüência de apresentação das matérias
o motivação ( predisposição para aprender )
o reforço
o um tipo de professor: com profundos conhecimentos do conteúdo das matérias de ensino
Esses pressupostos, sobre os quais fundamenta sua teoria, acabam sendo propícios à memorização e transferência dessa memorização, pois o aluno satisfeitas essas condições, transfere a aprendizagem para uma nova situação
o Currículo espiral: o currículo deve organizar-se de forma espiral, isto é, trabalhar de forma periódica os mesmos conteúdos, cada vez com maior profundidade. Isso para que o aluno continuamente modifique as representações mentais que já esteja construindo.
Difere de Piaget em relação à linguagem. Para ele, o pensamento da criança evolui com a linguagem e dela depende. Para Piaget, o desenvolvimento da linguagem acontece paralelamente ao do pensamento, caminha em paralelo com a lógica
Howard Gardner, psicólogo americano é o autor da teoria das inteligências múltiplas. Howard definiu 7 inteligências a partir do conceito que o ser humano possui um conjunto de diferentes capacidades. São elas:
1. LÓGICO-MATEMÁTICA - está associada diretamente ao pensamento científico ao raciocínio lógico e dedutivo. Matemáticos e cientistas têm essa capacidade privilegiada
2. LINGÜISTICA - está associada à habilidade de se expressar por meio da linguagem verbal, escrita e oral. Advogados, escritores e locutores a exploram bem.
3. ESPACIAL - está associada ao sentimento de direção, à capacidade de formar um modelo mental e utilizá-lo para se orientar. É importante tanto para navegadores como para cirurgiões ou escultores.
4. CORPORAL-CINESTÉSICA - está associada aos movimentos do corpo que pode ser um instrumento de expressão . Dançarinos, atletas, cirurgiões e mecânicos se valem dela.
5. INTERPESSOAL - está associada à capacidade de se relacionar com as pessoas. De entender as intenções e os desejos dos outros e, conseqüentemente, de se relacionar bem com eles. É necessária para vendedores, líderes religiosos, políticos e, o mais importante, professores.
6. INTRAPESSOAL - está associada à capacidade de se estar bem consigo mesmo, de conseguir administrar os próprios sentimentos, de se conhecer e de usar essas informações para alcançar objetivos pessoais.
7. MUSICAL - está associada à capacidade de se expressar por meio da música, ou seja, dos sons organizando-os de forma criativa a partir dos tons e timbres.
Gardner atualmente estuda numa oitava inteligência, chamada NATURALISTA, que está associada à capacidade humana de reconhecer objetos na natureza.
O fundamental não é quantas inteligências temos, mas o desenvolvimento de todas elas segundo nossas aptidões.
Educação musical: ensino da prática musical bem como seus elementos teórico-práticos em instituções formais(escolas)ou informal(particular) Musicoterapia: É a utilização da música e seus elementos como agente mediador no tratamento de neuro ou psicopatologia, problemas cognitivos ou manetendor da qualidade de vida de pessoas que buscam na musicoterapia saúde emocional sem necessariamente estar com o diagnóstico neuro ou psicopatológico.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
CURSO PRÁTICO DE ARRANJO MUSICAL PARA FORMAÇÃO INSTRUMENTAL DE PEQUENO E MÉDIO PORTE( ( Autor MT. Darcy Chaplin Savedra de Araujo)
RESUMO
O presente projeto propõe um curso de música voltado a prática de criação de arranjo instrumental na modalidade a distância, intitulado CURSO PRÁTICO DE ARRANJO MUSICAL PARA FORMAÇÂO INSTRUMENTAL DE PEQUENO E MÉDIO PORTE, que é um curso destinado às pessoas que têm interesse em desenvolver habilidade na área e que já tenham envolvimento com a prática musical. O projeto aborda os aspectos e temas essenciais à criação de arranjo musical, trabalhando nestes aspectos elementares e fundamentais como análise melódica, instrumentação, noções de orquestração e técnicas de voicings em estrutura de bloco (soli). No presente projeto está exposta toda a estrutura do curso, a começar por sua fundamentação, onde encontra-se os pressupostos teóricos que o alicerçam. Seguindo temos a exposição dos objetivos e da metodologia, com a estrutura do curso, compreendendo praticamente todo o funcionamento do mesmo. Os aspectos financeiros e avaliativos são encontrados nos tópicos finais. O curso habilitará o aluno com condições de criar seus próprios arranjos, sendo um ótimo caminho para quem quer entrar neste complexo assunto que é o estudo do arranjo musical.
Palavras-chave: Arranjo musical; Formação Instrumental; Educação a Distância.
ABSTRACT
The Present Project proposes a music course that is toward to the musical arrangement pratice in a distance learnning modality, white the title ARRANGEMENT PRATICE COURSE FOR SMALL AND MEDIUM ENSEMBLE, that is intended for people that have interested in the knowledge of the topic propose, and have been had some experience with the musical pratice. The Project approach the contents in the musical arrangement creation, working with this elementary and fundamentls aspects like melodic anaysis, intrumentation and principles of orquestration, and voice tecnics (soli). In this project all course structure has been exposed, starting from the fundamentals of the course, where can be found the theoric argumentation. In the sequence we have the objective and methodology, with the course structure, that comprehend all the course funcionally.The cost and avaliation aspcts can be found in the final contents. The course will be able the student condition to create theier oun arrangemnts, became an excelente way for who wants to do a part of this complex topic that is the arrangement learning process.
Key word: Musical Arrangement; Musical Ensemble; Distance Education
1 INTRODUÇÃO
A expressão musical é praticamente universal, embora a música em si não o seja. Isto é, valores musicais variam de cultura para cultura, e a utilização da música tem finalidades diferentes em vários povos e etnias. A educação musical é um agente contribuinte para o desenvolvimento da criatividade humana. Em diversas culturas o aprendizado musical se dá de maneiras diferentes, porém, percebo que em todas elas o ato de aprender e praticar música ocorre mesmo que sob diferentes maneiras didáticas.
Dentro do cenário da educação musical, muitas metodologias foram desenvolvidas sobre os mais diferentes abordagens filosóficas. Destaca-se Kodály, Orff, Jacques-Dalcroze, entre outros. No entanto é importante esclarecer que não necessariamente o domínio e aplicação de algumas das abordagens metodológicas, sob o ponto de vista mecânico garante o aprendizado, uma vez que é necessário, segundo Swanwick (2003), a percepção sonora da música e o que ela faz, no sentido de saber se existe um sentimento que demanda expressividade e um senso de estrutura naquilo que é produzido:
Olhar um eficiente professor de música trabalhando(em vez de um treinador”, ou “instrutor”) é observar esse forte senso de intenção musical relacionado com propósito educacionais: as técnicas são usadas para fins musicais, o conhecimento de fatos informa a compreensão musical. (SWANWICK, Keith., p. 58)
No Brasil, antes da chegada dos portugueses já era conhecido entre os povos indígenas fenômenos de aprendizado musical, onde o conhecimento era adquirido sob base da observação, experimentação, porém, com sistemática diferente da existente na Europa que já possuía uma metodologia de aprendizado musical que acontecia desde a idade média, nos ditos mosteiros.
Com a vinda dos portugueses para o Brasil junto na bagagem, veio um conhecimento acumulado da música que se desenvolvia na Europa, carregando resquícios de 1000 anos de música medieval junto a inovação do renascimento. Segundo Andrade (1944), os jesuítas foram os primeiros professores de música, os que primeiro tentaram não só através da música, mas também em outros aspectos educacionais, introduzir junto aos nossos índios a conduta européia de educação. Com a vinda dos portugueses, escravos negros também aportaram nesta terra. Desta fusão, principalmente a da cultura afro-brasileira com a européia, surge, segundo Sérgio Cabral (2007), a música “sócio-urbana” brasileira - livre de condições rurais - que foi denominada de choro. Mas em termos educacionais, somente no século XX o Brasil enfrentaria uma certa “revolução” em no ensino musical. O estado novo de Getúlio Vargas abre-alas para o compositor Heitor Villa-Lobos que através do Canto-orfeônico permitiu a maior tentativa de democratização dos 40 milhões de brasileiros que havia na época do estado novo. No entanto, foi uma tentativa, que devido a fortes deficiências pedagógicas e razões políticas e princípios nacionalistas contraditórios, não vingou, e ainda hoje o Brasil carece de educação musical. Mas não se pode obscurecer o mérito da educação proposta por Villa-Lobos que até hoje foi a mais forte expressão da educação musical no Brasil
1.1 Arranjo musical
Arranjar uma música é compor a partir de uma construção melódica existente. O arranjo por ser um processo essencialmente criativo precisa soar natural e espontâneo, e segundo Guest (1996), o arranjador mexe em todos os componentes da música proposta, inclusive na métrica e harmonia (rearmonização), antes de acresentar elementes novos. Isso acontece das mais diferentes formas, seja a partir de uma conduta técnica ou não. Há arranjos que são mais intuitivos e acontecem do encontro entre as pessoas que naturalmente em função da interação o criam no momento da interpretação. Outros a partir de técnicas de construção harmônica e contrapontística, desenvolvem verdadeiras composições reformatando uma música já existente.
Na história da música ocidental temos vários exemplos de músicos que dedicaram-se a esta prática, onde podemos citar: Glenn Miller, Henry Mancini, entre outros. No Brasil também temos excelentes músicos que elevaram esta prática a condições artísticas. Cita-se Antonio Carlos Jobim, Hermeto Pascoal e Heitor Villa – Lobos, sendo que este último é mais conhecido como compositor, mas não podemos negar o trabalho de arranjo que ele fez com as cirandas. Também há os arranjadores que além da excelente habilidade como tal, preocuparam-se com a sistematização acadêmica do mesmo podendo se destacar o professor Ian Guest, Carlos Almada e Antonio Adolfo.
1.2 O aprendizado de arranjo musical
O estudo de arranjo está muito ligado com o estudo da composição, pois depende de conteúdos composicionais fundamentais, tais como harmonia contraponto, morfologia e a instrumentação, sem contar o desenvolvimento contínuo que é o estudo da percepção sonoro-musical em toda sua plenitude. Almada (2000) cita que a principal diferença entre arranjo e composição é que o arranjo por estar mais ligado a música popular, estabeleceu algo parecido com uma sistematização, em certas áreas de seu ensino, como a técnica de soli em vocings para sopros, ou a que trata da disposição e da combinação dos instrumentos da base rítmica de acordo com os diferentes estilos musicais, e já outros setores, relacionado por exemplo a escritas para cordas, tornam-se praticamente dependentes dos estudos de instrumentação e orquestração.
Uma das problemáticas mais comuns ao estudante de arranjo são as deficiências dos conteúdos citados acima que deveriam ser elementares na formação acadêmica de um músico ou mesmo de um cidadão, dentro de um sistema educacional que valorizasse a educação musical. Em diversos encontros com músicos, estudantes e professores, percebem-se muitas vezes a vontade de criar arranjos e experimentar o efeito, porém devido a limitação em termos de conteúdo a prática de arranjo fica destinada somente a quem tem as questões técnicas musicais bem definidas. Sabendo-se as deficiências que se encontram comumente nos músicos, pode se estabelecer os seguintes parâmetros cognitivos fundamentais para estudo do arranjo:
Teoria musical: Entende-se por teoria musical o conjunto de códigos que compreende a notação musical tradicional, bem como o conhecimento de intervalos, escalas, transposição de melodias, formação de acordes e princípios de harmonia Instrumentação;
Instrumentação (ver apêndice A) em música é o conhecimento dos instrumentos musicais nos aspectos da afinação, extensão bem como condições da qualidade tímbrica da execução. É uma ferramenta de extrema importância ao arranjador, pois com este ele é capaz de visualizar as condições de execução dos músicos que tocarão o arranjo e o resultado sonoro que almeja;
Orquestração: É o estudo da associação dos diversos naipes orquestrais, com suas possibilidades técnicas e variedades de timbres, na tradução fiel da obra musical. Segundo Korsakov (1964), a arte da orquestração necessita prezar uma bela e bem distribuída textura harmônica em função dos encadeamentos dos acordes;
Análise melódica: Através deste estudo o arranjador pode identificar as tensões melódicas em relação a melodia bem como notas de aproximação e antecipação. Tal prática pode ajudar na hora da realização dos voicings;
Arranjo para instrumentação de base (seção rítimica): compreende o arranjo feito para os instrumento de conjunto formado por piano/teclado, violão/guitarra, contra-baixo, bateria e percussão. Qualquer outro instrumento principalmente instrumentos de sopro de metais e alguns de madeiras bem como de cordas pode fazer parte de uma instrumentação de base, porém a formação acima é a mais comum de observar em conjuntos instrumentais.
Contracanto: é de extrema importância saber e desenvolver a habilidade de escrever um contracanto que, significa escrever uma melodia que atue contrapontisticamente com a melodia principal. Pullig-Lowell (2003) defende a importância deste recurso composicional principalmente em arranjos onde os instrumentos orquestram-se em oitavas ou uníssonos.
Técnicas básicas de voicings para criação de soli: Esta técnica é a técnica mais bem documentada de tudo que estuda-se em arranjo. Em tese pode ser aplicada a qualquer classe de instrumento, mas torna-se mais apropriada aos sopros. A regulamentação desta técnica deu-se, segundo Carlos Almada (2000), a partir da utilização nas orquestras americanas de Jazz onde foi adaptada ao ritmo sincopado à harmonia e à melodia peculiares do estilo , já que em função da consagração da técnica na música do período romântico (século XIX), passou a ser ensinada nas classes de composição. No Curso de Arranjo Musical que englobará mais tempo de estudo devido a praticidade da técnica.
Teoria da escala de acorde: o estudo da escala de acorde permite ao arranjador a possibilidade da utilização de técnicas não mecânicas de arranjos como voicincs quartais.
Escrita de Background: segundo Pullig-Lowell (2003), através deste recurso técnico, onde o arranjador preenche os espaços melódicos quando necessários e conforme o estilo, é possível compor passagens musicais que criem efeitos composicionais que permitam maior controle da forma, fluxo e resultado sonoro musical do arranjo.
Forma e estrutura: é a idéia estrutural do arranjo que planeja-se antes ou no próprio desenvolvimento do arranjo. Compreende ao tamanho estrutural onde engloba-se a introdução, exposição do tema, interlúdios, improvisos etc...
A partir destes parâmetros faz-se importante a criação de um curso de arranjo musical, onde músicos com as mais deficiências em termos de aprendizado musical possam desenvolver e experimentar esta prática, na modalidade a distância, possibilitando assim que as pessoas tenham condições de estudar enquanto trabalham ou realizam outras atividades.
Justificativa
Criar o novo a partir do existente é um dos grandes objetivos de quem trabalha com arranjo musical. Estabelecer uma releitura musical a partir de técnicas composicionais é algo constantemente feito na Música Popular Brasileira ou internacional. Podemos dizer que o arranjador é quem permite a flexibilização entre músicos e produtores, pois ele é quem permitirá ocultamente o progresso de um trabalho, seja de performance musical ou de produção musical. O arranjador , conhecendo o grupo ou o músico/cantor a quem destina o arranjo desenvolve de forma personalizada um arranjo para ser tocado pelo artista.
Muitos são os aspectos que tornam necessário o estudo do arranjo musical e a proposta deste trabalho é trazer de forma prática a complexidade do tema, procurando satisfazer o anseio de muitos músicos em se aperfeiçoar através de uma metodologia de ensino dinâmica, flexível e com inúmeras possibilidades de aprendizado.
Criar um curso de arranjo musical a distância, com base na utilização das tecnologias da comunicação e informação favorece o aprendizado autônomo, gerando flexibilidade no tempo de aprendizado. Um curso de arranjo elaborado para ser ministrado nesta modalidade pode parecer num primeiro instante um tanto complexo e difícil. No entanto, as inúmeras possibilidades oferecidas pelas TIC, que na sociedade atual tem cada vez mais estado presente em diversos setores da sociedade, tornam a execução deste curso mais uma possibilidade de educação musical.
O tema será abordado de maneira prática, onde os alunos (estudantes de música ou músicos com conhecimentos da teoria musical) possam apropriar-se dos conhecimentos técnicos que norteiam a prática do arranjo musical. O curso prático de arranjo tem seu foco para formação instrumental de pequeno e médio porte e para a instrumentação de base, o que não impede a aplicabilidade do mesmo conhecimento a estruturas instrumentais de grande porte. Entendo formação instrumental (ver apêndice B) de pequeno porte, como conjuntos instrumentais formados entre 3 a 6 instrumentos, com ou sem acompanhamento por seção rítimica, e formação instrumental em médio porte, as compostas por 2 naipes de instrumentos, com ou sem a seção rítimica.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Oferecer o curso prático de criação de arranjo musical na modalidade a distância.
2.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos de curso são:
Estabelecer parcerias com uma instituição de ensino para a oferta do curso.
Produzir e adequar material didático do curso aos alunos.
Disponibilizar um suporte técnico e pedagógico para o desenvolvimento e acompanhamento do curso.
Elaborar e adequar a documentação para a oferta do curso na modalidade a Distância.
Adequações dos materiais didáticos conforme as mídias a serem utilizadas.
Definir e agendar os locais para os encontros presenciais.
Divulgar os prazos para inscrição e realizar matrícula no curso.
3 METODOLOGIA
A abordagem pedagógica será a mediação por tutoria onde os conteúdos serão abordados de forma que ocorra um processo de interatividade entre alunos, conhecimento, material didático, ambiente virtual e a dinâmica tutorial.
No processo de construção de conhecimento neste curso na modalidade de EAD a mediação deve existir como uma orientação ao aprendizado, permitindo a autonomia de estudo. Para garantir que os conteúdos sejam administrados de forma que a dinâmica interativa aconteça por meio de mediação, é preciso que os alunos sejam visualizados como sujeitos do processo de ensino aprendizagem (Feuerstein,1983).
3.1 – Publico Alvo
Músicos e estudantes de música que tenham interesse em desenvolver e ampliar conhecimentos na prática de arranjo para grupos musicais de pequena e média formação.
3.2 Pré-requisito e número de vaga
O curso prático de arranjo disponibilizará 20 a 30 vagas, sendo que o pré-requisito essencial compreenderá o conhecimento prévio dos conteúdos de informática e musical.
Os conteúdos de informática necessário ao aluno do curso são o domínio da navegação em web e conhecimento sobre a utilização do scanner ou conhecimento do processador de música Encore, bem como sistema operacional Windows. O aluno terá a opção de enviar os trabalhos scanneados, caso as atividades sejam realizadas de forma manuscrita, ou por meio de editoração musical eletrônica (processador de partitura), no caso de uso de arquivos de áudio e partitura – midi - que utilizem a extensão do programa Encore, preferencialmente. É importante lembrar que será necessário que os alunos viabilizem a reprodução de arquivos mp3, pois os exemplos fornecidos em cd de áudio, serão gravados utilizando softwares emuladores de sintetizadores e samples (VST instruments ), convertido para arquivos de áudio no formato mp3 (mpeg 1 layer 3). É importante que os alunos tenham condições de escutar arquivos MP3, WMA e WAVE(.Wav).
Para os interessados no curso de arranjo é fundamental ter um sólido conhecimento em teoria musical e percepção. Os conteúdos teóricos necessários para que o aluno freqüente o curso são:
• Notação musical
• Intervalos
• Escalas maiores menores
• Tons vizinhos
• Transposição
• Princípios de harmonia
Além dos conteúdos acima citados é importante que o aluno toque algum instrumento musical ou cante.
A idade mínima para freqüentar o curso será de 18 anos.
3.3 Duração do curso
A duração do curso de arranjo terá duração de 24 semanas divididas em 5 módulos com uma carga horária total de 176 horas. Quatro módulos serão desenvolvidos em 4 semanas cada, e 1 módulo será desenvolvido em 7 semanas e 5 dias. Embora a maior parte do curso seja a distância haverá 2 encontros presenciais que acontecerão na abertura do curso, para orientações gerais sobre o mesmo e outro no encerramento, em nível de confraternização musical. O total de horas de curso compreenderá 176 horas, divididas em 166 horas a distância e 10 horas presenciais.
O tempo determinado de cada h/a será de 60 minutos
Estrutura do curso
Compreende a estrutura do curso os aspectos relacionados ao funcionamento tutorial, AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, bem como condições e estrutura física, uma vez que o curso terá dois encontros presenciais. O curso será elaborado e executado pelo tutor, um designer instrucional contratado pela mantenedora do curso produzirá e desenvolverá o AVA, com as características necessária para o curso. O AVA (ambiente virtual de aprendizagem) escolhido é o Moodle, que é um software livre, necessitando apenas de um profissional para ser o administrador (pessoa responsável por instalar, dar suporte e customizar os cursos).
3.4.1 AVA - Ambiente virtual de Aprendizagem.
O ambiente virtual de aprendizagem será o Moodle, escolhido por ser um software aberto e também por possuir condições de fácil aprendizagem quanto a sua utilização e por ser via web, o que facilitará as ações de orientação dos conteúdos transmitidos pela tutoria.
A tutoria poderá também utilizar-se do e-mail para comunicação com os alunos, no entanto acredita-se suficiente as ferramentas fornecidas pelo Moodle para aprendizagem e tutoria. Através do moodle será possível criar e gerenciar chats, fóruns de discussões, disponibilizar conteúdos adicionais ao material fornecido previamente, bem como realizar acompanhamento individual/coletivo ao grupo(Dougiamas, 2008).
A tutoria tem flexibilidade para abordar os conteúdos da forma que o tutor achar conveniente. No entanto, mesmo que muitas vezes as abordagens teóricas/mecânicas exigiram dinâmicas tanto expositivas, cabe ao tutor favorecer autonomia de aprendizado nos conteúdos selecionados.
3.4.1.1 Principais ferramentas do Moodle
O ambiente virtual de aprendizagem Moodle conterá ferramentas que podem ser de extrema funcionalidade em sua utilização e possui uma interface de fácil manuseio. Algumas dos principais recursos de acordo com o site www.moodle.org, são listados a seguir:
Fórum – É uma ferramenta assíncrona que permite aos participantes interação e troca de conhecimento bem como seu contato com o tutor.
Chat – Ferramenta que permite a comunicação síncrona, e pode ser usado tanto para contato direto com o tutor, mediante agendamento, e entre os participantes.
Suporte tutorial – É um fórum específico e indefinidamente aberto para contato diretamente com o tutor
Correio – é uma ferramenta de correio eletrônico diretamente no AVA e funciona entre os participantes e tutor, para troca de informação.
Tarefa – é por onde o tutor informa sobre as atividades para entrega.
3.4.2 Condição física para os encontros presenciais
Para os encontros presenciais será ocupado um espaço físico que acomode no mínimo 30 lugares, preferencialmente em cadeiras com mesa, e que tenha condições físicas para abordagens expositivas no encontro. Os materiais a serem usados nas aulas presenciais são: um computador, data show, quadro branco e aparelho reprodutor de cd.
3.4.3 Estrutura curricular
Num curso que vise desenvolver habilidade em arranjo musical é importante definir ações que permitirão ao aluno instrumentalizar-se neste universo. Tais ações compreendem as condições que permitirão o estudo de conteúdos que abarquem conhecimentos frutíferos à prática de arranjo
Para garantir os resultados almejados é importante visualizar as metas específicas do curso:
• Revisar a teoria musical, de forma a destacar os conteúdos de maior relevância para o desenvolvimento do curso;
• Conhecer os aspectos teóricos de execução e extensão dos instrumentos musicais para propiciar escrita correta para os mesmos;
• Estudar análise melódica para identificar notas de acordes (conforme cifragem), notas de tensão, notas de aproximação da escala diatônica e notas de aproximação cromática;
• Treinar a criação de contracanto, bem como sua escrita;
• Desenvolver habilidades nas técnicas mecânicas e não mecânicas (voicings em quartas, clusters e voicings com tríades em estruturas superiores) para harmonização em bloco;
• Planejar e criar um arranjo colaborativo através do trabalho coletivo.
A estrutura curricular do curso será dividida em 5 módulos, onde os alunos terão diversas atividades com objetivos de desenvolver a prática de arranjo. Tais atividades serão disponibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem e serão desenvolvidas a partir de fóruns, chats ou tarefas.
As atividades programadas serão enviadas pelo AVA, diretamente ao tutor. Fóruns de discussão também acontecerão alguns de forma permanente, de caráter mais social e temático, quando voltados ao conteúdo programático.
Abaixo seguem os conteúdos divididos em módulos.
Módulo 1 – Revisão dos conteúdos de Teoria Musical
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
1ª semana
Ambientação com a utilização do AVA – Moodle
Expectativas do curso
2ª e 3ª semana
Revisão da teoria musical abrangendo os conteúdos elementares da notação musical, intervalos, escalas maiores e menores, tons vizinhos e acordes
4ª semana
Estudo da Análise melódica atribuindo a nota melódica sua classificação quanto nota de acorde, tensão, aproximação melódica ou cromática
Atividade: análise da melodia em relação a harmonia fornecida
Módulo 2 - Instrumentação e Orquestração
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
5ª e 6ª semana
Estudo da instrumentação com foco nos aspectos que visem a extensão, tessitura e relação com a textura tímbrica do instrumento
Atividades: transposição e escrita de melodia dadas para instrumentos;
Audição de exemplos de alguns instrumentos
7ª e 8ª semana
Noções de orquestração: distribuição de melodia para execução de naipes separadamente e análise de orquestração de músicas do repertório erudito ou popular
Atividades: análise de orquestração abordando a instrumentação usada e desenho textural a partir da audição
Orquestração de um fragmento musical para um naipe de sopros ou cordas de uma linha melódica
Módulo 3 – Contracanto e Arranjo de Base
Duração: 4 semanas
Conteúdo programático:
9ª e 10ª semana
Criação de contracanto
11ª e 12ª semana
Prática de criação de arranjo de base.
Grafia para partitura de instrumentos de base: piano violão/guitarra, contrabaixo, bateria.
Módulo 4 – Rearmonização e Técnicas em Bloco
Duração 4 semanas
Conteúdo programático:
13ª semana
Rearmonização das notas de aproximação a partir da análise melódica
14ª , 15ª e 16ªsemana
Atividades: rearmonização em bloco de uma melodia cifrada a partir da análise melódica em relação a harmonia dada
Técnicas mecânicas em bloco(soli) a 3 ,4 partes.
Téncias mecânicas em bloco a 5 partes com dobramento de oitava ou substituição por tensão harmônica
Técnicas de “spreads” para aplicação em soli
Voicings quartais a 3 e 4 partes
Atividades: distribuição harmônica para instrumentos utilizando a técnica aprendida de uma melodia harmonicamente cifrada.
Módulo 5 – Elaboração de Arranjo Completo
Duração : 7 semanas e 5 dias
17 e 18ª semana
Planejando e elaborando um arranjo completo
Escrita de Background
19ª à 24 semana
Atividade final: elaborar um arranjo coletivo (em pequenos grupos para instrumentos de acompanhamento de base e instrumentação de sopros).
3.4.4 Cronograma dos módulos com principais eventos e atividades
Para os módulos propriamente dito, que serão divididos em 24 semanas, ocorrerão nos períodos de março a agosto. Há previsão de dois encontros presenciais e estes ocorrerão dentro deste período. A avaliação de desempenho do curso ocorrerá paralelamente.
Licenciado em Musica/Artes,Musicista, Professor, Tutor e Musicoterapeuta Srº Darcy Chaplin Savedra de Araujo
CURSO A DISTÂNCIA EM TÉCNICA VOCAL PARA O CANTO ( Autora MT Adriana Maurina Chaplin Savedra de Araujo)
RESUMO
O desenvolvimento das artes, em especial a música, tem feito parte da vida de muitas pessoas independente de classe social e como aparato de desenvolvimento natural do ser humano. Este trabalho vem para acrescentar e abrir espaço para que grupos interessados em aprender a Técnica Vocal para o Canto, suas técnicas e necessidades de treinamento físico, sonoro e musical, além, de ter a oportunidade de produzi-lo e adquirir conhecimentos sobre este ensino, de forma correta. A EAD com sua modalidade diferenciada propicia, maiores condições para ao acesso de pessoas de todos os níveis sociais e econômicos a cursar , em função das facilidades de momentos de aprendizagem que podem ser assíncronos ou síncronos , mas que dispõem de todos os aparatos tecnológicos e orientações necessárias para uma eficaz construção de conhecimentos.
Palavras-chave: Técnica vocal; Canto; Educação a Distância.
ABSTRACT
The Art Development, music in special way, have been present on people’s way of life, independent of social class and acting like a human been development apparatus. This Project, comes to add and to make possible to people grups that have been intereste in sing vocal tecnique learnning, its exercises and phusical, sound and musical trainning, above that to have possibility to produce and t obtain knowledge about the pratice in the right way.
The Distance Education , With its flexibility way, allows, more condiction to the people of diferentes social and economic levels to course, in terms of the learn time facilities that can be sunchronal and asynchronous, but avaible the tecnology apparatus and necessary instruction to become an affective Knowledge Construction.
Key word: Vocal Technique; Sing; Distance Educacion.
1 INTRODUÇÃO
Por anos, a aprendizagem da forma correta de cantar e a postura da voz tem sido um objetivo a alcançar por diversas pessoas de faixas etárias diferentes, interessadas na música e no canto. Por este motivo, a história da música vocal, desde seus primórdios, tem-se modificado e ampliado a cada novo século através de novas experiências feitas com som e o que se pode produzir com ele. O desenvolvimento em cada área musical vem se expandindo acerca das necessidades que a música provoca nas pessoas em apreciá-la, entendê-la e mesmo aprendê-la .
Nestes aspectos, cada objetivo vocal parte de pressupostos diferentes, de formas e dinâmicas particulares em seu estudo e modo de vivenciar a aprendizagem musical. No presente trabalho será encaminhada especificamente uma das modalidades possíveis dentro dos aspectos musicais: técnica vocal para o canto.
Como um todo, as experiências musicais fazem parte do nosso cotidiano – vivemos cercados por som e pelo som e o utilizamos constantemente, de acordo com nossa necessidade. Atualmente, o que fica bastante claro, é a existência ou não da consciência da percepção sonora, e neste contexto especificamente, a percepção musical.
A importância do desenvolvimento da percepção sonora, segundo Schoenberg (2001), vem desde os sons que o ser humano percebe dentro do ventre materno e que ao nascer continuarão a fazer parte agrupados a outros sons novos no dia-a-dia do bebê, da criança, do adolescente, jovem e adulto. A percepção musical tem seu papel importante no decorrer da vida de um ser humano, pois, parte dela a organização sonora latente incluindo sons guturais e todos os sons produzidos por nossa voz.
1.1 O Canto e sua História
Nos alicerces da música, segundo Grout (1988), a técnica do canto desde o período medieval tem sua valorização acentuada. Ao citarmos pontos sobre ela é plausível que observemos mais atenciosamente o instrumento utilizado para a voz – que é uma das forma mais antigas de música. Há relatos anteriores à Idade Média, observados em inúmeras bibliografias, sobre a utilização do canto em rituais sagrados de dança e prática coletiva do canto na antiga Mesopotâmia , no Egito e Grécia antiga, como também, canto gregoriano datado, segundo Grout (1988), em torno dos séculos II a V. As peças musicais cantadas eram inicialmente monofônica caracterizada pelo cantochão e interpretadas por vozes masculinas com registros conhecidos atualmente como falsete nos agudos, pois, as mulheres eram proibidas de cantar. Posteriormente com a composição de peças polifônicas, houve elementos para vozes masculinas e em diversos registros e alturas como graves, médios e agudos originando as possibilidades de formação de grupetos e corais.
Já no período renascentista as vozes femininas ganharam seu espaço, juntamente com a dinâmica, o virtuosismo vocal com uma inicial conjuntura teatral e vozes líricas bastantes posturadas.
Em meados do período barroco, houve o grande estouro da opera, influenciada pelo canto e pelo teatro, paralelo a vozes masculinas de caráter castrate e agudo tornaram-se cantores de grande valor, além, de serem utilizados nas igrejas católicas (Grout,1998).Com um estilo clássico os cantores e compositores tornaram a ópera mais desenvolvida em detalhes, ornamentos, arranjos e composições para o canto produzindo vozes com mais dramaticidade e ressonância, caracterizando o romantismo intrínseco em palavras, gestos e intensidade sonora. O século XX é marcado pela incidência e utilização de novas estruturas para aprendizagem do canto, percebendo a importância de exercícios respiratórios e, técnicas para a voz recitada e cantada, além de atributos tecnológicos advindos deste século e especializando-se em recursos para modificações e adaptações de vozes e composições musicais, o que a partir dos anos 50 registrou-se uma maior democratização de estilos na música vocal instaurando-se as chamadas músicas urbanas, iniciando vários movimentos e, tornando o canto mais amplo em estilos, formas e extensões medianas não tão extremas como no canto lírico, (Grout 1988).
Atualmente, estudam-se diversas linhas no canto, tanto as predominâncias líricas como as populares, valorizando pontos onde cada estilo enquadra-se nos objetivos de seus executantes.
1.1.1 A Voz e sua Estrutura
Segundo Marsola (2001), para a utilização da voz em atividades que promovam a aprendizagem, há vários aspectos a serem observados, os quais são apresentados na seqüência desse texto.
1.1.2 Tipos de Voz
Cada ser humano possui um tipo de voz, ou seja, uma tessitura, uma extensão e/ou registro, que pode ter peculiaridades eruditas ou populares em sua classificação adulta:
Extensão
É a distância em freqüência sonoras audíveis que a voz consegue percorrer com limitações agudas e graves.
Tessitura
É a distância em freqüência sonoras audíveis, que a voz do cantor emite com maior homogeneidade em torno de uma oitava e meia.
Registro Médio
É a emissão central de sons que a voz consegue produzir sem muito esforço em torno de uma oitava.
A classificação das vozes infanto-juvenil é bastante particular, no entanto o mais usual é a classificação grave e aguda, com bastante cuidado para a utilização de peças e arranjos adequados a tonalidades da voz desta faixa etária, principalmente pela mudança natural da voz na adolescência utilizando-se da ferramenta de transposição tonal como exercício de acomodação vocal.
1.1.2.1 Respiração e sua Importância no Canto
Pela respiração é possível a entrada e saída do ar no organismo humano, bem como a produção sonora, pois, o ar que sai pela laringe faz vibrar as pregas vocais, para a audição deste som as cavidades como a faringe , boca e nariz auxiliam na expansão do som. No canto além de utilizarmos as cavidades, é importante o uso do diafragma e músculos da barriga e tórax.
1.1.2.2 Pregas Vocais
As pregas vocais se localizam na laringe que ao passar o ar por ela transforma em som e passa para o aparelho ressonador. As pregas (figura B), produzem fonemas juntamente com seus articuladores, a língua, palato mole e duro, mandíbula e lábio, em função da modificação da corrente de ar que vem dos pulmões (figura C).
1.1.2.3 Caixa de Ressonância
O ar ao chegar as pregas vocais produz sons sem amplificação. No organismo temos vários ressonadores, que ampliam o som produzido pelas pregas vocais que seriam a faringe, traquéia, pulmões, brônquios, cavidades bucais e da face
1.2 A Educação a Distância no Brasil
A EAD é uma modalidade de ensino reconhecida no Brasil desde 1996 pela Lei Nº 9394/96 (SENAC, 2006). Quanto a sua caracterização, o decreto Nº5622/05 apresenta a EAD como modalidade educacional , que utiliza meios e tecnologias da informação e comunicação desenvolvendo atividades educativas a distancia. Anterior à referida Lei, haviam tentativas informais de educação a distância com materiais principalmente impressos, para sua realização.
É possível citar vários aspectos que caracterizam a EAD como multiplicadora de recursos pedagógicos mediando a construção de conhecimentos individual ou coletivo; autonomia de estudo na escola de tempo e espaço geográfico; eficiência em organizar estruturalmente aparatos tecnológicos o qual ela desencadeia e utiliza.
A EAD é uma modalidade de ensino que pode ser modificada estruturalmente, devido a vários campos e áreas em que podemos utilizá-la. Num primeiro momento a EAD se limitava a utilização de material impresso, após esta fase, utilizou-se de canais de comunicação, como a televisão, o rádio, além do material impresso, na fase atual, atua com inúmeras tecnologias como ferramentas da web, comunicação via satélite, aparelhos de áudio e vídeo, entre outros o que deixa a EAD ainda mais futurista é sua não acomodação das formas de aprendizagem que irão fazer parte do contexto educacional da modalidade devido o contínuo progresso tecnológico, o que torna a visão da educação atualmente no Brasil com laços tímidos por nem todos terem condição econômicas e sociais sustentável para utilizá-la, mas por muitas ferramentas já fazerem parte do cotidiano do brasileiro, principalmente aqueles os quais a distância geográfica preconizava o abandono escolar, mas que hoje com o surgimento de novas práticas educativas, chegam ao alcance de todos.
Vivemos num mundo globalizado, a EAD tem uma profunda relação com a tecnologia eficaz e rápida que advém da globalização, o qual convida muitos profissionais a utilizarem-se dela para atualização profissional constante e busca e aquisição de conhecimentos inovadores.
Sabendo que no processo de democratização do Brasil muitos estudantes não possuem aparatos e recursos sociais que os auxiliem a estudar a distância, acredita-se ser o avanço da tecnologia, seu crescimento e o barateamento de ferramentas, uma grande possibilidade de utilização destes recursos por parte das classes sociais mais deficientes financeiramente. Vejo a EAD, como uma possibilidade autônoma de aquisição de conhecimento e ampliação intelectual de qualidade veloz e eficaz na sociedade atual, onde tutores e alunos inter-relacionem-se síncrona e assincronamente de forma a construir continuamente novas possibilidades de ferramentas tecnológicas e necessidades de estudo e aprimoramento.
1.3 Justificativa
No século em que vivemos, com tanta tecnologia e com o retorno das necessidades do desenvolvimento das artes na composição do conhecimento individual,a inteligência musical é uma das múltiplas inteligências propostas por Gardner (1995). O canto tem sido uma das formas de expressão musical bastante utilizada e procurada no desenvolvimento da percepção sonora, socialização, conhecimento musical, técnicas de colocação de voz, afinação, técnicas de respiração, até o bem estar pessoal , pois, uma das facilidades do canto é de que cada indivíduo possui seu “instrumento musical” necessário no seu próprio organismo possibilitando o aprendizado de um público sem nenhum conhecimento.
Mesmo sabendo que o canto há vários séculos tem sido utilizado, executado e apreciado é possível obtermos hoje com mais precisão e discernimento a ampliação de recursos sonoros que a voz cantada é capaz de produzir .
Oferecer um curso de canto na modalidade a distância é uma oportunidade de ampliar interesses e interessados a cursá-lo, pois há aumento de acessibilidade de participantes em áreas geograficamente restritas a este tipo de curso, além de participantes que não disponibilizam de tempo em períodos de expediente regular de cursos de canto presenciais, possibilitando os interessados no curso a cursá-lo sem a necessidade de se ausentar do trabalho, definido assim o seu tempo e espaço para o estudo.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Criar um curso de técnica vocal para o canto na modalidade de Educação a Distância.
2.2 Objetivos Específicos
Estabelecer parceria com a Fundação Franklin Cascaes para a oferta do curso a Distância em Técnica Vocal para o canto.
Selecionar e produzir material didático do curso.
Disponibilizar um suporte técnico e pedagógico para o desenvolvimento e acompanhamento do curso.
Adequações dos materiais didáticos conforme as mídias a serem utilizadas.
Definir e agendar os locais para os encontros presenciais.
Divulgar os prazos para inscrição e realizar matrícula no curso.
3 METODOLOGIA
Sabe-se que o ensino e aprendizagem da Educação Musical, e especificamente em áreas direcionadas da música, vem se modificando em sua prática pedagógica como todo ensino formal: vem se atualizando e procurando adquirir novas fontes de conhecimento de forma que as mesmas traduzam e estimulem a exploração de significados e objetivos a serem cumpridos.
Os aspectos metodológicos do curso de canto serão voltados a uma abordagem entrelaçada às práticas culturais e educacionais, mais especificamente, uma abordagem sócio-cultural, proposta por Vygotsky (1999) de forma a mediar conhecimentos, com uma estrutura de construção de conhecimento em que os tutores irão agir como facilitadores e veículos de condução, tendo como papel principal, a criação de condições para que se democratize o conhecimento, levando em conta um ponto bastante significativo: a criatividade e exploração da produção sonora de cada aluno, seguindo a metodologia de Feuerstein (1983).
Com a acessibilidade de informações pela ampliação das tecnologias, é possível imaginar o contexto educacional num processo interativo, pois, através desta conduta, alunos e tutores podem chegar à aprendizagem, utilizando-se do levantamento de hipóteses, da necessidade de busca de conhecimento e pesquisas, a discussão e a reflexão, avançando assim, no processo dinâmico do conhecimento.
3.1 Público Alvo / Pré-requisito
O público alvo do curso de canto será constituído por jovens e adultos acima de 18 anos (por estar com sua mudança natural da voz completa) e adultos que se interessem pelo conhecimento básico da técnica de canto e suas prerrogativas. É necessário que os participantes tenham acesso a algumas tecnologias como um computador equipado com acesso a internet, programa que execute (grave e reproduza sons) os arquivos do Windows Áudio Vídeo Excellence (WAVE) ou MPEG1 layer 3 (MP3), kit multimídia (microfone e saída de som) e aparelho de CD áudio.
Será indispensável a entrega, no momento da inscrição, de um exame de videolaringoscopia, feito por um profissional da área de otorrinolaringologia., para evitar o desconforto e prejudicar a saúde vocal de cada participante.
3.2 Modalidade
O curso será oferecido na modalidade a distância, com encontros e atividades presenciais e atividades e estudos a distância, onde em ambos o tutor estará sempre aberto a discussões e dúvidas a serem tiradas.
3.3 Vagas
Serão oferecidas neste curso o máximo de 40 (quarenta) vagas e o mínimo de 30 vagas. O pretendido para atender e abrir a turma, com toda a estrutura física , materiais e pessoal é de no mínimo 30 (trinta) vagas.
3.4 Carga Horária
O curso terá 20h/a de momentos presenciais e 75h/a realizados a distância, totalizando: 95h/a .
O tempo para definição de h/a será de 60 (sessenta) minutos.
3.5 Duração
O Curso de Técnica Vocal para o Canto iniciará dia 07/03/2009, com o primeiro encontro presencial visando a apresentação do curso e a ambientação dos alunos no ambiente virtual de aprendizagem. A conclusão acontecerá dia 27/06/2009, com a apresentação dos alunos e mostra de final do curso, conforme o cronograma apresentado no item adiante.
3.6 Estrutura do Curso
O Curso de Técnica Vocal para o Canto será organizado e promovido pelo Tutor, ora proponente desse projeto, e financiado pelos participantes, sendo realizado em 5 (cinco) módulos de 3 (três) semanas cada, a distância. No decorrer de cada módulo serão desenvolvidos três temas e abordagens diferenciadas do canto, separadas um tema para cada semana.
Presencialmente acontecerão 5 (cinco) encontros, onde o primeiro tratará da apresentação do curso, conhecimento dos alunos e avaliação de suas vozes, com aplicações de atividades do canto; os demais farão parte de atividades realizadas durante os módulos como suporte para o aprendizado, exercícios de técnica vocal e apreciação sonora e o momento presencial de tirar dúvidas especificas da prática do canto.
A realização das aulas presenciais será em uma sala alugada no Teatro da UBRO, sediado na rua Pedro Soares no bairro Centro em Florianópolis –SC. Estabelecimento o qual já possuirá (com a organização prévia por parte dos realizadores do curso) o material necessário para as aulas presenciais como: piano e/ou outro instrumento musical, cadeiras, quadro branco (canetas e apagadores), reprodutor de CD e um projetor multimídia (com laptop e telão).
Será disponibilizado aos alunos na ferramenta fórum um tópico exclusivo de comunicação com o tutor para dissoluções de dúvidas relacionadas às atividades descritivas e práticas, sempre observando o caráter de levantamento de hipóteses, e reflexão.
A organização dos temas e definições de atividades teóricas e práticas serão do Tutor, assim como a avaliação conceitual de cada atividade enviada no modelo descritivo para cada aluno.
3.6.1 Recursos Tecnológicos e Didáticos
Serão utilizados vários recursos tecnológicos durante o curso, como CD áudio com exemplos de peças musicais e exercícios práticos de respiração, técnica vocal e vocalizes, produzidos pelo Tutor.
O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) utilizado será o Moodle, que é um software livre e gratuito, criado em 2001, para administrar atividades e comunicação com a educação, onde facilitará a interação e intercomunicação dos alunos do curso.
Neste ambiente utilizar-se-á as ferramentas de chat, fórum, tarefa e diário.
3.6.1.1 Chat
É a ferramenta onde será feita troca de informações e mesmo arquivos e bate-papos entre alunos X alunos X Tutor , com intercomunicação síncrona.
3.6.1.2 Fórum
É o espaço onde serão discutidas, debatidas, articuladas e planejadas coletivamente as atividades de cada módulo de forma assíncrona, além de ser utilizada com um tópico específico de comunicação com o tutor para dúvidas e informações.
3.6.1.3 Tarefa
Ferramenta onde o tutor direcionará a atividade e após o envio do aluno o tutor fará o feedback.
3.6.2 Diário
Está ferramenta será utilizada no final do curso para avaliação final do curso pelos alunos, dando suas opiniões e apresentando descritivamente o que foi apreendido no curso para o tutor.
3.6.3 Material Didático
O material didático (textos e material informativo de estudos) será disponibilizado diretamente no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) aos alunos onde o mesmo poderá baixar e salvar em outro dispositivo, além de fazer a impressão. Os CD de áudio com exercícios serão entregues aos alunos no primeiro encontro presencial juntamente com todo o material necessário e explicações do curso.
3.7 Estrutura do Curso
3.7.1 Objetivos
Desenvolver a estrutura da linha melódica de peças musicais através de conhecimento da altura e duração da notação musical.
Estabelecer relações com as técnicas de respiração às técnicas de produção vocal.
Ampliar a capacidade sonora utilizando postura vocal necessária para o canto e aprimorar afinação;
Executar vocalmente, peças musicais utilizando-se do conhecimento desenvolvido durante o período do curso.
3.7.2 Estrutura curricular
Para atender ao objetivo geral do curso que é promover a aquisição de conhecimentos básicos do canto, introduzindo suas práticas e formas de executá-lo corretamente, utilizando a tecnologia como ponto de alcance de intercomunicação com o conhecimento musical, a estrutura curricular foi dividida em 5 (cinco) módulos com 3 (três) semanas cada, onde o tema principal e sub temas serão desmembrados e desenvolvidos em diversas atividades, como:
Trabalhos descritivos: leituras de textos disponibilizados pelo tutor no próprio AVA, tarefas complementares, exercícios e pesquisas, os quais os alunos deverão enviar ao Tutor para o Feedback do mesmo;
Momentos de discussões e levantamento de hipóteses pelo Chat: onde poderão ser realizadas as atividades síncronas, sempre marcadas com antecedência (dia e horário) pelo Tutor, além dos próprios alunos poderem marcar entre si momentos de debates e conversas relacionadas ao curso;
Trabalhos descritivos relacionados à inserção no fórum, de debates e a possibilidade de todos os participantes (alunos e tutores) entrelaçarem opiniões a respeito de um tema ou de temas em que cada participante elabore de forma assíncrona.
Atividades práticas de treinamento de exercícios vocais utilizando-se do CD de áudio recebido no primeiro encontro, além de gravações, enviando on-line pelo programa WAVE ou MPEG1 apresentando seus resultados semanais ao tutor.
3.7.2.1 Módulos
Módulo 1 - Introdução ao canto/ Ambientação no AVA e aparatos que serão utilizados como o microfone. ( 15h/a a distância)
o Aspectos históricos do canto;
o Postura corporal ideal para o (a) cantor (a);
o Conhecendo a voz;
o A Importância do aquecimento vocal.
Módulo 2 - A aplicação da Respiração Diafragmática / Impostação Vocal no Canto e Cuidados com a Voz ( 15h/a a distância e 4h/a presencial)
o Respiração – respirar bem nos impulsiona a cantar bem;
o Conhecendo estruturas do corpo que nos auxiliam e produzem o som ;
o Utilização do aparelho fonador e respiração adequada para uma correta impostação vocal;
o Como evitar problemas com a voz cantada, o que o abuso vocal acarreta.
Módulo 3 – Afinação/ Iniciação a Leitura Musical e Notação musical. ( 15h/a a distância)
o O que é percepção auditiva e sonora, qual a diferença entre as duas;
o Aplicando a percepção sonora no desenvolvimento da afinação;
o Conhecer a partitura musical;
o Como acompanhar uma partitura vocal de música.
Módulo 4 – Projeção Vocal / Articulação e Ressonância. ( 15h/a a distância e 4h/a presencial)
o Coordenação da Articulação e Ressonância;
o A Projeção Vocal como resultado de uma correta Impostação Vocal;
o Controle do ar relativo ao estilo de música a ser cantada.
Módulo 5 – Qualidade sonora / Escolha correta de uma peça musical para o canto. ( 15h/a a distância e 4 h/a presencial)
o Aprimorando a qualidade sonora;
o Como escolher a peça musical que se adapta a cada tipo de voz pelo timbre, extensão e tessitura.
o Avaliação descritiva do curso de canto.
No primeiro encontro presencial será apresentado o curso, com explicações da navegação no AVA e procedimentos de gravação áudio para envio, além da entrega do material que será utilizado durante o curso como cd áudio, com exercícios respiratórios e vocais e informações pertinentes do desenvolver do curso como datas de início , encontros presenciais e encontro final de apresentação. Nos demais encontros presenciais, serão realizados exercícios e atividades práticas do canto relacionadas aos módulos.
Pedagoga, Musicista, Tutora e Musicoterapeuta Adriana Maurina Chaplin savedra de Araujo
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