sábado, 28 de julho de 2012


Utilização da Musicoterapia nas aulas de Música e Musicalização infantil

por Mt  Adriana Maurina Chaplin Savedra de Araujo


Num primeiro momento vejo que as aulas de música e  musicalização infantil, além de transformar as crianças em indivíduos que usam os sons musicais  faz com que as mesmas possam  criar  “músicas”, apreciem música, e finalmente possam se expandir por meio da música, ainda auxilia no desenvolvimento e aperfeiçoamento da socialização, alfabetização, capacidade inventiva, expressividade, coordenação motora e tato fino, percepção sonora, percepção espacial, raciocínio lógico e matemático , estética e valores afetivos.
Musicoterapia é a utilização da música e/ou de seus elementos constituintes, ritmo, melodia e harmonia, por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
As vivências musicais estimulam a criatividade e a autoconfiança, mobilizando todo potencial de saúde mental do indivíduo com uma diversidade de opções de trabalho.
A educação musical e a musicoterapia não se contradizem, e sim se potencializam e complementam.
Elas estão muito próximas porém com enfoques diferentes, pois na educação musical o enfoque é pedagógico e na Musicoterapia é terapêutico.
A musicoterapia na educação musical pode auxiliar no desenvolvimento psicopedagógico e em dinâmica de grupo em sala de aula.
Ao nascer, a criança entra em contato com o universo sonoro que a cerca, ou seja, com os sons produzidos pelos seres vivos e pelos objetos. Sua relação com a música é imediata, seja por meio de canções de ninar, pela voz da mãe e do canto e fala de outras pessoas, seja por meio dos aparelhos sonoros de sua casa. Antes mesmo de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música, o ritmo, por meio das pulsões do coração de sua mãe.
Desta forma percebo no decorrer das minhas aulas que a musicoterapia associada à educação musical permito que seja formada uma metodologia que permite vivenciar situações concretas que desenvolvam o pensamento e a linguagem musical, sensibilidade, criatividade e auto-conhecimento.
As crianças normalmente gostam de acompanhar as músicas com movimentos do corpo, tais como palmas, sapateado, dança, volteios de cabeça, mas, inicialmente, são esses movimentos bilaterais que irão realizar. E é a partir dessa relação entre o gesto e o som que a criança, ouvindo, cantando, imitando, dançando, constrói seu conhecimento sobre a música, percorrendo o mesmo caminho do homem primitivo na exploração e nas descobertas dos sons.
É por isso que os jogos ritmados, próprios dos primeiros anos de vida, devem ser trabalhados e incentivados na escola. Ao musicoterapeuta/ educador, caberá compreender em que medida a música constitui uma possibilidade expressiva privilegiada para a criança, uma vez que atinge diretamente sua sensibilidade. Música é linguagem. Assim, em relação à música, devemos seguir o mesmo processo de desenvolvimento que adotamos quanto à linguagem falada, ou seja, devemos expor à criança a linguagem musical e dialogar com ela sobre a música e por meio dela. O musicoterapeuta/educador, antes de transmitir sua própria cultura musical, deve pesquisar o universo musical a que a criança pertence e encorajar atividades relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão.
Os objetivos da Musicoterapia trabalhados na educação musical vão além dos processos de ensino-aprendizagem, aquisição de conhecimentos musicais e padrões estéticos, pois visam também desenvolver a criatividade, estimular a comunicação; Desenvolver auto-conhecimento e Promover socialização;
A associação da musicoterapia á educação musical realizadas na escola não visam a formação de músicos, e sim, através da vivência e compreensão da linguagem musical, propiciar a abertura de canais sensoriais, facilitando a expressão de emoções, ampliando a cultura geral e contribuindo para a formação integral do ser.
Ao expressar-se musicalmente em atividades que lhe dêem prazer, a criança demonstra seus sentimentos, libera suas emoções, desenvolvendo um sentimento de segurança e auto-realização.


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